sexta-feira, 28 de setembro de 2012

MÚLTIPLOS OLHARES NA MESMA DIREÇÃO: PROPOSTAS DOS EDUCADORES PARA A REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE PORTO ALEGRE



Os educadores através da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre/ ATEMPA, apontaram a necessidade de debater e contribuir para a construção de um projeto político-pedagógico da Rede Municipal de Ensino/RME.

Nos últimos anos a ausência de debates que atendam às demandas das escolas tem agravado cada vez mais as lacunas político-pedagógicas. A administração atual não os promove e não possui uma política educacional clara. Parâmetros curriculares são apresentados como listagem de conteúdos, sistemas avaliativos são pautados em dados estatísticos com o objetivo menor de serem politicamente capitalizados pela administração. As prioridades são definidas sem a participação da comunidade escolar e a autonomia pedagógica administrativa das escolas é desrespeitada.

Nesta conjuntura foi realizado o Encontro de Educadores no segundo semestre de 2012.

O debate iniciou no coletivo das escolas da Rede Municipal de Ensino que apontaram temas para o Encontro. Muitos são os temas que envolvem o cotidiano escolar, foi necessário priorizar os três mais recorrentes para iniciar o debate nesse primeiro Encontro dos Educadores no Município de Porto Alegre. São eles:
·         Gestão democrática
·         Inclusão escolar
·         Condições de trabalho e saúde do trabalhador

Definidos os temas, os educadores de cada escola diagnosticaram problemas, analisaram cada um e apontaram proposições que foram debatidas uma a uma e aprovadas no Encontro realizado nos dias 25 de agosto, 1º e 12 de setembro do corrente ano.

Cada tema debatido se desdobrou em dezenas de providências, ações e decisões na perspectiva de:
·         estabelecer relações democráticas entre o poder público, os professores e a comunidade;
·         garantir uma prática pedagógica qualificada e comprometida com a inclusão escolar adequada à realidade dos alunos matriculados e, portanto atendidos na RME;
·         oferecer condições dignas de trabalho e salubridade laboral para os trabalhadores.

O processo de gestão democrática, historicamente construído pelos educadores junto às comunidades, vem sofrendo constantes ataques da atual administração. A Secretaria Municipal de Educação/SMED ignora a autonomia das Escolas, desrespeita as decisões dos Conselhos Escolares, intervêm nos calendários letivos desconsiderando a legislação. Instaura sindicâncias contra diretores (as) como forma de punição pela participação em atividades sindicais e desconsidera a legitimidade das direções eleitas. A secretaria não deu consequência aos Projetos Político-pedagógicos e Regimentos Escolares, construídos coletivamente pelas comunidades, impedindo a efetivação dos mesmos. Estas são algumas ações da administração que evidenciam uma postura autoritária e intervencionista.

Para tanto, os educadores da Rede Municipal de Ensino apresentam as proposições abaixo sobre gestão democrática:

1.    Acatar as instâncias de gestão democrática definidas em legislação específica: Congresso Municipal, Conselho Municipal de Educação-CME, Conselhos Escolares-CE e direções de escolas;
2.    Retomar o debate sobre a importância do Conselho Escolar, recolocando-o como o órgão máximo representativo, democraticamente capaz de garantir:
·         Um calendário escolar que atenda as necessidades e características de cada comunidade;
·         O investimento responsável dos recursos ordenados pela comunidade escolar;
·         O acompanhamento da política pedagógica e a avaliação dos alunos atendidos por cada escola;
3.    Encaminhar, imediatamente, os Projetos Político - Pedagógicos –PPPs e Regimentos Escolares ao Conselho Municipal de Educação;
4.    Assegurar a realização do Congresso Municipal de Educação com ampla participação da comunidade escolar e das entidades representativas dos trabalhadores em educação – ATEMPA e dos municipários – SIMPA, com respeito aos prazos legais previstos e as deliberações aprovadas;
5.    Instituir Fóruns que garantam a participação da comunidade escolar nas discussões sobre o Plano Municipal de Educação;
6.    Garantir espaço de diálogo entre as escolas infantis, comuns e especiais;
7.    Estabelecer uma política consistente de Recursos Humanos - RH, que contemple o funcionamento efetivo das escolas e o atendimento aos direitos dos trabalhadores em educação, suprindo as necessidades de RH antes do início do ano letivo;
8.    Ofertar assessoria com qualidade pedagógica às escolas e encontros entre trabalhadores em educação, com vinculação ao projeto político pedagógico de cada escola da Rede Municipal de Ensino;
9.    Reconhecer e legitimar as atividades da ATEMPA como formação continuada no calendário escolar;
10. Realizar formações para as equipes diretivas com ênfase nos aspectos pedagógicos;
11. Retomar a formação continuada para todos os membros dos Conselhos Escolares;
12. Retomar a política cultural da SMED, valorizando os profissionais da Rede Municipal de Ensino/ RME;
13. Destinar verbas, com critérios definidos, para melhorias e reformas na estrutura dos prédios escolares;
14. Revisar a tipologia das escolas, adequando a dotação de recursos - materiais e humanos- às necessidades das comunidades;
15. Garantir o gozo de Licença Prêmio aos Trabalhadores em Educação, no período de sua preferência;
16. Garantir um terço (1/3) da carga horária como hora- atividade para todos os professores da Educação Básica - Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio;
17. Instituir Plano de carreira para os funcionários e monitores;
18. Realizar concurso público para todos os cargos da escola, em especial para o quadro geral e professores;
19. Discutir, elaborar e divulgar critérios para mobilidade de Recursos Humanos na Rede Municipal de Ensino;
20. Reafirmar como parâmetros de avaliação institucional os princípios da avaliação emancipatória, dialogicidade e formação permanente, com participação popular e caráter eminentemente qualitativo, rejeitando concepções meritocráticas, gerencialistas e neoliberais;
21. Realizar chamada pública e campanha de divulgação de vagas de modo a estimular as matrículas permanentes na EJA, sob a responsabilidade da mantenedora, com ampla divulgação nos meios de comunicação de massa e órgãos alternativos (rádios comunitárias, sindicatos, cooperativas);
22. Manter a EJA como modalidade de educação básica na sua especificidade, conforme consta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e Resoluções vigentes, respeitando as peculiaridades do público com o qual trabalha, com um currículo que contemple, administrativa e pedagogicamente, os educandos jovens e adultos;
23. Ampliar o acesso à EJA nos três turnos de forma regionalizada, em toda a cidade;
24. Assegurar a presença de professores concursados atuando com 20h na mesma escola de EJA, com aulas presenciais que permitam a interação, a troca e o diálogo, mediado ou não por velhas e novas linguagens tecnológicas com a necessária continuidade na relação professor aluno que exige a aprendizagem.

A inclusão escolar de alunos com Necessidades Educativas Especiais/NEEs é uma realidade. A Rede Municipal de Ensino atende 50% das matrículas destes alunos em Porto Alegre. Mesmo com o compromisso dos educadores, a Secretaria de Educação não tem um projeto político pedagógico específico para a inclusão, oferecendo estrutura insuficiente e inadequada. A educação inclusiva não está regulamentada no Sistema Municipal de Ensino. Há uma distância entre a inclusão como princípio e a inclusão como prática, que pode ser verificada em diversos fatores: número elevado de estudantes nas turmas com alunos incluídos, falta de profissionais de apoio, insuficiência na rede de atendimento, ausência e dificuldades na acessibilidade.

Em relação à inclusão escolar os educadores da Rede Municipal de Ensino apresentam as seguintes proposições:

  1. Regulamentar a educação especial na perspectiva da educação inclusiva;
  2. Discutir e construir coletivamente uma proposta curricular que atenda os alunos com NEEs, definindo a concepção da RME e reestruturando o trabalho pedagógico nas turmas;
  3. Garantir na regulamentação municipal a docência compartilhada nas turmas com alunos de inclusão;
  4. Construir marcos legais para garantir e legitimar os movimentos de alunos entre as totalidades /EJA;
  5. Nomear profissionais concursados (monitores) especificamente para trabalhar com alunos de inclusão nas escolas comuns, EMEIs e EJA;
  6. Garantir recursos humanos com formação específica para o atendimento dos alunos de inclusão;
  7. Garantir profissionais exclusivamente para o atendimento pedagógico, de saúde e higiene;
  8. Aumentar a carga horária de Sala de Integração e Recursos- SIR e Laboratório de Aprendizagem- LA;
  9. Garantir o atendimento da SIR e laboratório de aprendizagem no mesmo turno da aula;
  10. Ampliar o atendimento para todos os alunos que necessitam do laboratório de aprendizagem e atendimentos especializados, inclusive aqueles que frequentam EJA e turmas de progressão;
  11. Garantir o atendimento da SIR e vagas no Programa de Trabalho Educativo-PTE para os alunos da EJA;
  12. Ampliar o atendimento de Educação Precoce/EP e Psicopedagogia Inicial/PI;
  13. Promover debates sistemáticos na RME sobre o tema inclusão escolar;
  14. Realizar Fórum permanente da Rede Municipal de Ensino- RME (SMED, Escolas Infantis, Escolas Comuns, Escolas Especiais, Educação de Jovens e Adultos - EJA, SIR) abordando a educação inclusiva;
  15. Reconhecer e legitimar as formações realizadas fora da escola;
  16. Ampliar a Assessoria da SMED de forma efetiva e qualificada para inclusão social;
  17. Articular Escolas Infantis, Escolas Comuns, Escolas Especiais e SIR na perspectiva da educação inclusiva;
  18. Articular as políticas públicas de educação, saúde, assistência social, geração de trabalho e renda, cultura, esporte e lazer, de forma integrada, regionalizada e capitalizada, somando esforços para assegurar, efetivamente, uma política de inclusão ampla, através da rede de atendimento;
  19. Avaliar minuciosamente a estrutura das escolas, fazendo cumprir a lei de acessibilidade, desde a etapa dos projetos para a construção de prédios escolares, reformas dos prédios já existentes e outros prédios públicos;
  20. Priorizar nas escolas, projetos que atendam alunos com Necessidades Educativas Especiais;
  21. Diminuir o número de alunos nas turmas com alunos de inclusão;
  22. Afirmar a importância das Escolas Especiais na inclusão de alunos com deficiências associadas, transtornos globais do desenvolvimento, numa visão ampliada para a RME em todas as etapas e modalidades;
  23. Debater sobre a aplicação da gratificação de 50% para os trabalhadores em educação que trabalham com alunos de inclusão;
  24. Discutir a aplicação dos recursos para qualificar o atendimento dos NEEs;
  25. Elaborar projetos de inclusão para a captação e utilização de verbas federais disponíveis;
  26. Discutir um regime de colaboração para a continuidade da formação dos alunos de inclusão;
  27. Desburocratizar e ampliar a rede multidisciplinar da Assessoria Técnica e Articulação em Redes (ATAR) com psicólogo, fonoaudiólogo, assistente social e psicopedagogo;
  28. Afirmar a concepção de inclusão social e escolar na perspectiva da educação popular contra hegemônica, assegurando o respeito às diversidades étnico raciais, de gênero, de geração, de habilidades e culturas e, ao mesmo tempo, fazer o bom combate às desigualdades e injustiças sociais expresso no PPP e vivenciado na práxis pedagógica;
  29. Ampliar e potencializar o Fórum para a Inclusão Escolar, sistematicamente, junto às escolas comuns, construindo parceria com o ensino especial;
  30. Investir na ampliação da tecnologia assistiva em todos os espaços educativos e não somente nas salas especializadas.
O terceiro, e último tema deste documento se refere às condições de trabalho e saúde do trabalhador. 

Os trabalhadores da RME prestam um serviço fundamental à grande parte da população em situação de vulnerabilidade social. Desta forma, as condições de trabalho têm grande importância na função docente e de todos os envolvidos na rotina escolar. O governo não garante as condições necessárias ao desempenho da profissão, acentuando situações que levam ao adoecimento, pois não há uma política de saúde preventiva. Os trabalhadores necessitam de plano de saúde, de ações conjuntas de enfrentamento à violência nas escolas e no seu entorno, e um atendimento na biometria  compatível com o estado de saúde dos trabalhadores.

Assim, após o debate, sobre condições de trabalho e saúde do trabalhador, os educadores propõem:

  1. Garantir plano de saúde aos trabalhadores em educação;
  2. Investir em programas de saúde preventiva para os trabalhadores em educação, ofertando vacinas e tratamentos;
  3. Criar legislação sobre saúde e segurança do trabalho para os estatutários;
  4. Instaurar a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) associada ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) da prefeitura SESMT comparecer nas escolas para fazer a prevenção das doenças e acidentes do trabalho;
  5. Realizar pesquisas sistemáticas, garantindo a divulgação e encaminhamentos sobre o processo de adoecimento dos trabalhadores em educação e a Síndrome de Burnout com vistas à implementação de ações preventivas de qualificação do trabalho docente;
  6. Garantir infraestrutura pedagógica e Recurso Humanos para todas as escolas da RME, assegurando nas escolas de Ensino Fundamental e Médio em todas as modalidades o atendimento do Serviço de Orientação Escolar/SOE, Laboratório de Aprendizagem, a Sala de Integração e Recursos - Sir para todos os alunos, no contra turno e/ou no turno em que frequentam a escola;
  7. Regulamentar a criação e adaptação dos prédios escolares com conforto acústico, térmico e ambiental;
  8. Criar e divulgar os serviços de apoio ao trabalhador;
  9. Criar condições adequadas de infraestrutura e recursos humanos para a ampliação da jornada escolar;
  10. Reforçar a segurança nas escolas, garantindo a presença da guarda municipal em todas as Escolas, em todos os turnos de funcionamento;
  11. Oferecer microfones em sala de aula, técnica vocal, ginástica laboral, quadros brancos;
  12. Garantir locais específicos e adequados para Educação Física;
  13. Distribuir protetor solar aos professores de Educação Física;
  14. Garantir RH de acordo com a proposta curricular por ciclos de formação, EI e EJA para não sobrecarregar a carga horária dos educadores;
  15. Substituir imediatamente os profissionais em Licença Aguardando Aposentadoria;
  16. Garantir o gozo da Licença Prêmio, evitando o adoecimento do trabalhador;
  17. Reorganizar os espaços para acolher os Portadores de Deficiência garantindo a acessibilidade para os trabalhadores em educação;
  18. Não contabilizar na relação adulto/criança os estagiários nas Escolas Infantis;
  19. Estender as condições de trabalho das EMEFs para as EMEI, viabilizando a compensação semanal de carga horária, recesso escolar, intervalos e difícil acesso aos profissionais que atuam na Educação Infantil;
  20. Humanizar e desburocratizar o atendimento na biometria, ampliando o tempo para apresentação após o afastamento do servidor, com a possibilidade da chefia imediata enviar o formulário de exame médico pericial por meio eletrônico;
  21. Promover ações que garantam o fim do assédio moral.

O conjunto de proposições debatidas no primeiro Encontro de Educadores organizado pela ATEMPA e apresentadas acima, são uma contribuição para o crescimento e qualificação da Educação nas Escolas Comuns, Infantis e de Jovens e Adultos. Os educadores acreditam na gestão democrática e na prática da construção coletiva.

Com a convicção de que é necessário aprofundar e consolidar estes e outros temas para o aprimoramento e qualificação do ensino na Rede Municipal de Porto Alegre, colocamo-nos a disposição.


Trabalhadores em Educação da Rede Municipal de Ensino e
ATEMPA


Porto Alegre, 12 de setembro de 2012.


Comissão organizadora do Encontro:
Alexandre Wood, 
Anézia Viero,
Arine Cogo,
Dinéia Pires,
Laura Bonani Cunha,
Marco Antônio Mello,
Mara Amaral,
Mary Inês Vivian,
Raul Rebello Jr, 
Silvana Moraes,
Solange Correa


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Tema em debate: Gestão democrática




Diagnóstico
1.       Falta de autonomia da Escola em relação às decisões administrativas e pedagógicas
2.       Falta de segurança nas escolas
3.       Sucateamento dos prédios escolares
4.       Orçamento insuficiente do PAR
5.       Os PPPs encontram-se paralisados junto à mantenedora
6.       Intervencionismo da SMED
7.       Falta de transparência nos critérios de RH (remanejo, entre outros)
8.       Falta de autonomia das escolas para definir o calendário escolar
9.       Falta de autonomia na avaliação dos alunos, no sentido de uma assessoria pedagógica sistemática nas escolas
10.   Ausência de uma proposição pedagógica concreta orientada para uma educação de qualidade
11.   Ausência de diálogo entre SMED e professores
12.   Recursos financeiros engessados
13.   Falta de pessoal nas escolas
14.   Falta de um projeto político-pedagógico na rede municipal

Análise
1.       Descontentamento e desestruturação do que já foi discutido e planejado
2.       Excesso de interferência da mantenedora nas decisões da comunidade escolar
3.       Retirada da guarda municipal das escolas
4.       Desrespeito e desconsideração com o trabalho dos profissionais em educação e comunidade escolar
5.       Déficit de pessoal nas escolas
6.       A comunidade escolar sente-se desrespeitada e fragilizada por imposições de normas e determinações que visam apenas o controle e não explicitam o seu significado
7.       A ausência de diálogo entre professores e SMED traz prejuízos a toda a comunidade escolar


Proposições

1.       Respeito às decisões do coletivo
2.       Gozo de LP
3.       Hora atividade para professores e monitores da EMEIs
4.       Compensação semanal para profissionais das EMEIs
5.       Recesso para profissionais das EMEIs
6.       Designação de professores especializados para EMEIs
7.       Difícil acesso para profissionais das EMEIs
8.       Plano de carreira para os funcionários e monitores
9.       Discussão e definição de nova política de RH
10.   Destinação de verbas para melhorias e reformas nas estruturas dos prédios escolares.
11.   O orçamento deve garantir a qualidade do serviço e do material utilizado.
12.   Retomada do trabalho de assessoria às escolas
13.   Retomada do encontro entre as escolas especiais
14.   O orçamento deve garantir a qualidade do material a ser adquirido pelas escolas e do serviço contratado
15.   Encaminhamento e aprovação dos PPPs das escolas ao CME
16.   Estabelecimento e divulgação dos critérios utilizados para mobilidade de RH na rede.
17.   Respeito às instâncias democráticas construídas nas escolas
18.   Suprir a falta de RH antes do início do ano letivo

Tema em debate: Condições de trabalho e saúde do trabalhador




Diagnóstico
1.       Falta plano de saúde
2.       Carga horária excessiva
3.       Problemas vocais, alergias (giz)
4.       Ausência Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
5.       Problemas de ventilação
6.       Salas de aula específicas para Mais Educação
7.       Falta de segurança, violência na Escola
8.       Péssimo atendimento da Biometria
9.       Não há rede de atendimento aos alunos de EJA (LA, SIR, Assistência social, ...)
10.   Pátio sujo, com fezes de pombos e cachorros
11.   Professores de Educação Física sujeitos a câncer de pele, devido à exposição ao sol em horário inadequado
12.   Educadores EMEIs não tem intervalo
13.   Agressividade dos pais
14.   Estresse pela excessiva carga horária em sala de aula, devido à falta de RH
15.   Desconsideração por parte da SMED do processo pedagógico construído pelo coletivo dos professores
16.   Demasiado esforço vocal
17.   Falta de atuação da comissão de saúde já existente
18.   Falta de RH sobrecarrega carga horária do trabalhador
19.   Espaços físicos, ventilação e iluminação inadequadas
20.   Desrespeito ao trabalhador
21.   Falta de guarda municipal tornando a Escola vulnerável e tornando-a um ambiente de periculosidade
22.   Muitos desníveis, escadas e inexistência de banheiros no prédio administrativo
23.   Falta de orientação da prevenção de riscos
24.   Água sem condições de potabilidade
25.   Desrespeito ao estatuto referente à liberação LP
26.   Regras da biometria (24 h) são incompatíveis com estado de saúde das pessoas

Análise
1.       Problemas com consultas e exames
2.       Acidentes e aumento de biometrias
3.       Muito ruído na escola dificulta concentração dos alunos devido ao barulho no pátio, muitas vezes oriundo dos alunos do Mais Educação
4.       Ausência de segurança e políticas públicas
5.       Falta de motivação para o envolvimento com o trabalho, causada pela falta de respaldo nas decisões coletivas, dos Planos Pedagógicos, objetivos e proposições
6.       Descaso e falta de valorização do trabalho do professor
7.       Desresponsabilização da mantenedora, da família dos alunos desestruturando o trabalho pedagógico
8.       Situações de limite emocional na tentativa de resolver problemas insolúveis no cotidiano escolar

Proposições
1.       Contratação plano de saúde
2.       Aplicação da Lei Federal – 2/3 para hora aula e 1/3 para planejamento
3.       Tratamento preventivo com fonoaudiólogo
4.       Estabelecimento da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) associada ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) da prefeitura . SESMT comparecer nas escolas para fazer a prevenção das doenças e acidentes do trabalho
5.       Medição do nível de ruído; política de construção de prédios conforme legislação e bem estar docente
6.       Melhoria no atendimento na biometria, humanização e desburocratização do atendimento
7.        Envio de laudos por e-mail ou por fax
8.       Criação e divulgação de serviços de apoio ao trabalhador
9.       Vacinação para todos, não só para trabalhadores da SMED
10.   Climatização
11.   Criação novas salas de aula específicas para Mais Educação
12.   Identificação na entrada da Escola
13.    Reforço na segurança, garantindo a presença da guarda municipal
14.   Microfones em sala de aula, técnica vocal, ginástica laboral, quadros brancos
15.   Pátios específicos para Educação Física
16.   Distribuição protetor solar
17.   Planejamento acústico adequado à estrutura física
18.   Envolver o servidor numa proposta de construção coletiva onde se sinta agente de seu devir profissional
19.   Garantia de RH de acordo com a proposta curricular dos ciclos de formação para não sobrecarregar a carga horário dos educadores
20.   RH de acordo a necessidade do quadro da escola
21.   Construção de espaços humanizadores dentro das escolas
22.   Ampliação do diálogo entre os profissionais da educação na busca por soluções para os problemas do cotidiano
23.   Organização sindical para combater as políticas de governos que afetam a saúde dos educadores
24.   Substituição imediata de RH em LAA
25.   Direito ao gozo da LP evitaria o adoecimento do trabalhador

Tema em debate: Inclusão Escolar




Diagnóstico
1.       Falta RH: prof especializado, SIR, monitores, estagiários,
2.       Demora renovação RH
3.       Professores sem formação específica
4.       Alunos sem diagnóstico
5.       Nº elevado de alunos nas turmas
6.       Nº elevado de alunos de inclusão na Escola
7.       Não atendimento de alguns alunos
8.       Turmas de progressão é exclusão
9.       Falta estrutura e material
10.   Inclusão social
11.   Inclusão que exclui, “exclusão social”
12.   Alunos de inclusão são promovidos sem diálogo com professores que o atendem e sem observar o melhor lugar para que desenvolvam aprendizagens
13.   SMED não possibilita Escolas de pensar os espaços mais adequados a cada aluno de inclusão
14.   Falta de projeto de atendimento
15.   Falta rede de atendimentos
16.   Falta de acessibilidade
17.   Falta de assessoria e apoio
18.   SMED esta focada nas EMEF, esquecendo Escolas Especiais
19.   Aprendizagem aquém do que deveria
20.   Acolhimento de alunos oriundos das Escolas Especiais sem nenhum acompanhamento/adaptação destes por parte da Escola de origem/EJA

Análise
  1. Distância entre a situação idealizada e a realidade
  2. Exclusão dos demais  alunos para “tentar” atendimento de alunos de inclusão
  3. Frustação dos profissionais diante dos resultados
  4. Falta de estagiários e alta rotatividade dos mesmos devido a baixa remuneração
  5. Falta segurança das crianças nas turmas com alunos de inclusão
  6. Alunos são “jogados” na sala de aula lotada, e o educador não tem auxílio
  7. Apoio deve corresponder à necessidade dos alunos
  8. Alunos e educadores sujeitos às más condições físicas da escola
Proposições
1.       Nomeação de monitores e estagiários com formação específica
2.       RH com formação específica
3.       RH exclusivo para atendimento pedagógico e de saúde (higiene)
4.       Presença de psicólogo nas escolas
5.       Incentivar formação fora da escola
6.       Mais horas de SIR/LA
7.       Docência compartilhada nas turmas com alunos de inclusão
8.       Reuniões periódicas sobre inclusão
9.       Projeto de inclusão em cada escola, adequada a realidade
10.   Criação de redes e políticas públicas que dialoguem com as escolas para atendimento  dos casos de inclusão social
11.   Fórum permanente da Rede (SMED, Escola Especial, SIR, Escola Regular)
12.   Articular escola especial, SIR, Escola Regular
13.   Assessoria da SMED para inclusão social
14.   Estrutura adequada para o atendimento ao aluno de inclusão
15.   Fazer avaliação mais minuciosa da estrutura da escola, voltada para o aluno de inclusão
16.   Convênios com serviços de saúde
17.   Rede de atendimento global à saúde
18.   Escolas priorizarem projetos p/ PNE
19.   Construção de marcos legais para garantir e legitimar os movimentos de alunos  entre as totalidades /EJA
20.   Diminuição do nº de alunos nas turmas com alunos de inclusão
21.   Cumprir lei de acessibilidade
22.   SIR, PTE para EJA
23.   Abrir a discussão sobre importância das Escolas Especiais na inclusão de alunos  com deficiências associadas, transtornos globais do desenvolvimento que produzem conhecimento, numa visão ampliada da RME e não apenas centrada nas Escolas Especiais
24.   Atendimento da SIR e LA no mesmo turno da aula
25.   Rede de apoio à Escola para atender alunos com transtornos que não são atendidos adequadamente pela saúde, que vivem em ambientes de drogadição, da desestruturação familiar e de violência